
Porque há noites, noites em que um homem vive à queima-roupa.
Noites em que uma pomba incendeia o vácuo do seu espaço - coração.
Noite de Anjos.
Por mais que uma lágrima amaine a labareda da alma, certo é, o rosto que se mostra no vapor colide contra os olhos arremassando uma dormente hemorragia - a saudade.
Na minha casa há uma construção. Uma, que há muito edifiquei - personagem.
Tamanho edifício de erros. Como pode chover no seu interior?
Moldei o barro, cobri a alma como um túmulo, mas esqueci-me, uma sepultura é uma asa aberta. Um poço de água no interior de uma lágrima - mulher.
Falar-te-ia no modo como escalo o instinto dos dedos, desepero à tua porta como órfão, como hipnotizas meu olhar com girassóis de loucura, mas há um medo que me esmaga até ao fundo osso do silêncio...ah!
Meu Anjo...
(olhares.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário